Faça seu pet amar ir ao veterinário

Se alguém tem um cachorro ou gato que vá feliz à clínica veterinária, por favor me conte! Normalmente a cena que vemos é de cães tremendo, gatos babando e muito pânico na sala de espera do veterinário.

Mas como não ter medo de um lugar frio, que cheira forte e que ainda tem uma pessoa que dá injeções?! Apesar do cenário aterrorizante para o animal, é possível minimizar o estresse e até tornar essa visita agradável.

Falar a palavra banho, faz muitos cães e gatos quererem sair correndo ou evitar a entrada naquele recinto de tortura. Alguns cães nem sequer gostam de passar na porta do pet shop, mesmo que não seja dia de banho ou de consulta. Eles travam as patas e puxam a coleira para o lado oposto.

Se seu cão é bonzinho e não faz nada disso, você é um abençoado. Mas isso não quer dizer que ele não fique estressado.

Mas o treinamento para começar a amar o veterinário começa bem antes da chegada à clínica. Ele deve começar em casa. O ideal é que o animal esteja acostumado a usar a caixa/bolsa de transporte ou a coleira. Este objeto não pode ser mais um motivo de estresse e aparecer somente nos momentos de ir ao veterinário. Ela deve fazer parte da rotina do animal, como um local seguro.

Para acostumar o pet com esse novo elemento, você pode dar a alimentação dentro da caixa/bolsa ou mesmo fazer deste local, a caminha do peludo. Sempre associando a algo positivo.

Outro grande medo de ir ao veterinário é andar de carro. Para acostumá-lo no carro, faça brincadeiras com o automóvel parado. Quando ele já estiver tranquilo, dê pequenas voltas. Sempre adicionando brinquedos ou petiscos que ele adora. Aos poucos, aumente o percurso. Todos esses passos devem ser treinados em dias que não há banho e nem consulta.

Vá até o veterinário, sem ser dia de banho ou consulta. Antes de entrar no pet shop ou clínica, brinque com o animal e dê um petisco que ele goste. Faça o mesmo ao entrar na clínica/pet shop. Espere até que ele se acalme, brinque, dê petisco e vá embora. Esse treino não precisa durar mais de 15 minutos.

Se o pequeno for extremamente estressado ou medroso, vale a pena pedir um calmante leve para o veterinário e ministrá-lo antes de sair de casa.

Preparação para a consulta

Depois de todo o treino, vamos finalmente à consulta com o veterinário.

Deixe o pequeno em jejum. Claro, se a consulta for no final da tarde, alimente-o pela manhã. O ideal é que ele chegue com fome ao veterinário para facilitar a aceitação de petisco e alimentação.

Leve os petiscos/comida e brinquedos. Precisamos recompensá-lo com coisas que ele goste muito.

Junto com a caixa/bolsa de transporte, leve uma toalha de casa. É importante que ele tenha próximo um cheiro familiar. Esta também poderá ajudar a segurá-lo e acalmá-lo durante a consulta.

Se seu peludo for um gato, dê preferência por caixas de transporte que abram por cima. É muito angustiante para o felino ter que sair da caixa ou ver uma mão entrar pela portinha para retirá-lo.

Sala de espera

Quando chegar ao consultório, ofereça petisco ao animal.

Se ele estiver dentro da caixa/bolsa de transporte, deixe-o em local elevado. A melhor opção ainda é em cima de cadeira. Evite deixá-lo no chão, pois ele terá menor campo de visão e aumento do estresse.

Use a toalha para cobrir a caixa/bolsa de transporte. Ter tecido com cheiro familiar irá ajudar a acalmá-lo.

A consulta

Entre no consultório veterinário com o peludo no colo. Feche a porta. Se seu pequeno estiver mais tranquilo, pode soltá-lo para explorar o ambiente. Mas se ainda estiver com medo, deixe-o em um local alto, dentro da caixa/bolsa de transporte, observando a movimentação do veterinário.

Lembre de recompensar cada vez que ele estiver relaxado, seja com uma brincadeira ou mesmo com petisco.

Na hora de examinar, coloque a toalha na mesa, para evitar o contato do animal com a superfície gelada.

Enquanto o veterinário examina, mude o foco do peludo. Converse com ele, mostre a bolinha ou o petisco. Ao prestar atenção em você, ele sentirá menos o incômodo da injeção.

No final da consulta, pegue a receita e alimente seu peludo. Faça isso com ele solto, no chão, ou mesmo dentro da caixa/bolsa de transporte. Até que o jejum não foi tão ruim assim, né?!

Veterinário em casa

Uma opção para pets medrosos é perguntar se o veterinário atende a domicílio. Alguns estudos mostram que receber o profissional em casa pode causar ainda mais estresse do que no consultório. Porém, isso depende da quantidade de animais e a forma da chegada.

A grande diferença é que a duração da consulta em casa pode ser bem maior. O veterinário deve chegar a casa e esperar o animal se acostumar aos poucos com ele. A recompensa com brincadeiras e petisco deve ser feita da mesma forma do consultório.

A focinheira

A focinheira só é válida quando o animal já tem costume de usá-la em casa. Se usar somente dentro do consultório, irá aumentar o estresse. É uma segurança para o médico veterinário, mas prejudica o bem estar do paciente.

Há diversas técnicas que podem ser utilizadas em animais agressivos, além da focinheira. Infelizmente nem todos os veterinários conhecem. A disciplina de bem estar e comportamento animal não é oferecida em todas as universidades.

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no email
Email
Compartilhar no pinterest
Pinterest