Picasso e Lump: uma inspiradora história de amor

Pablo Picasso e o Dachshund Lump foram mais que amigos. Tiveram uma cumplicidade que ultrapassava os limites do amor.

Picasso e Lump

Sempre tive uma predileção especial pelo espanhol Pablo Picasso. Desde suas fases mais clássicas, no começo da carreira, até as profundezas do seu Cubismo, sempre admirei o multiartista. Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno María de los Remedios Cipriano de la Santísima Trinidad Ruiz y Picasso (sim, seu nome completo!) foi pintor, escultor, ceramista, poeta, cenógrafo e dramaturgo. Porém, e talvez mais importante que tudo, Picasso sempre amou os animais. Raramente se encontrava sem um cão como companhia.

Dos cães de Picasso, a história mais marcante é a de Lump, um dos últimos companheiros caninos de sua vida. Lump chegou à residência do artista, La Californie, numa linda manhã da primavera de 1957. De orelhas compridas e natureza inquisitiva, o Dachshund decidiu que estava em casa ao saltar do carro do fotógrafo David Douglas Duncan, e olhou diretamente nos olhos de Pablo. A partir deste momento, um profundo amor brotou entre o cão e o artista.

Uma vida em comum

Lump era a única criatura, além de Jacqueline Roque – companheira de Picasso na época –, a ter total liberdade de entrar em seu estúdio, e explorar todos os cantos da casa. Comia suas refeições na mesa, em um prato decorado por Picasso com seu “retrato”. Dormia na cama com o artista, e tudo lhe era permitido. Foi também uma inspiração artística, figurando em 54 obras. Esta foi uma conexão de corações, profunda e devotada. Houve outros cães no passado, mas nenhum cativou Picasso como Lump. Viveram juntos por 16 anos, até Lump voltar a viver com Duncan, devido a uma grave doença.

Morreram no mesmo ano, 1973, com 10 dias de diferença. Um final perfeito para esta amizade. Em 2006, Duncan publicou uma série de 89 fotografias de Picasso e Lump, e um livro contando essa história – Lump: The Dog Who Ate a Picasso. “Acredito que Picasso amava Lump porque ambos eram solitários… ambos eram capazes de ser afetuosos, mas no entanto viviam em seus próprios mundos interiores.”, declarou Duncan. O livro é lindo, as imagens transbordam de autenticidade e cumplicidade. Vale a pena a leitura.

Livro Lump: The Dog Who Ate a Picasso

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no email
Email
Compartilhar no pinterest
Pinterest